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O momento certo para o Fla mudar

O Campeonato Carioca desse ano serviu para apontar as mudanças que devem ser feitas a curto, médio e longo prazo. E dessa vez eu não falo da Federação.

Um dos grandes problemas do time: falta de comprometimento.

A partida disputada por Flamengo e Vasco ontem evidenciou uma série de coisas (leia o pós-jogo da primeira disputa aqui). Válido pela semifinal do Carioca 2015, o jogo serviu para mostrar que o time rubro-negro precisa melhorar. As tão comentadas mudanças precisam acontecer, umas para quarta-feira, outras para o ano que vem e a maioria para o futuro.


O campeonato do Rio de Janeiro sempre foi considerado o mais charmoso do país. Por décadas, a disputa entre grandes jogadores, torcidas apaixonadas e times comprometidos era a principal atração do calendário esportivo. Hoje, em um ano onde o ódio e desprezo prevaleceram, fica difícil encontrar razões para seguir acreditando em um torneio falido.

Mesmo depois de tantas polêmicas e uma desclassificação patética, a ideia do Linha de Fundo é falar do diferente. Para quem quiser ler sobre o jogo de ontem, o vascaíno Matheus Freitas escreveu. O Carioca é passado e o Flamengo tem muito com o que se preocupar daqui pra frente.


O time rubro-negro precisa acordar antes que seja tarde demais, principalmente Vanderlei Luxemburgo. O treinador fez milagre no ano passado, mas não mostra serviço desde o início da temporada. Reforços chegaram, a esperança cresceu e a equipe obteve bons resultados, mas ainda assim eles não conquistaram a confiança completa da torcida.

Luxa enfrenta um período de desconfiança, já que parece é que o técnico se acomodou no cargo e resolveu testar a paciência de todos. Um bom exemplo disso são as recentes formações táticas utilizadas que foram extremamente ineficientes. Da parte dos jogadores, falta raça, doação em campo, atenção nas jogadas e respeito ao adversário. Para o Brasileirão, que já está logo ali, o Flamengo precisa de mais alguns reforços pontuais, como um camisa 10 e um outro zagueiro de qualidade.

Aqueles que não quiserem se comprometer, respeitar a grandeza do clube e jogar pela camisa não devem ser mantidos dentro do Mais Querido. O último ano foi suficiente para mostrar que quem não acrescenta nada tem que ir. Hoje, depois de tanto tempo, o Flamengo tem uma diretoria comprometida com o clube e com seus seguidores. O time precisa mostrar que está melhorando não só fora dos gramados.


Arthur Maia chegou agora e pode ser trunfo no Brasileiro.
Uma coisa é mais do que certa é que o rubro-negro tem obrigação de sair do Carioca. Depois de um ano de intrigas e confusões, chegou a hora de seguir de mãos dadas ao Fluminense. O Flamengo não pode deixar o projeto de uma nova Liga para trás, nem que isso custe mais brigas incluindo as no tribunal. É o momento de se unir com aqueles que compartilham sua indignação e manter pulso firme contra a postura ditatorial da FERJ. Se ninguém tem direito nem de se expressar, para quê continuar? A Federação não faz um campeonato, quem o faz são os clubes.

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Para o futuro do futebol rubro-negro não ser mais chato do que já é atualmente, as atitudes tomadas hoje serão o divisor de águas. Pegando também os outros clubes cariocas, a situação geral é alarmante. Com um campeonato falido e times que perdem cada vez mais seu nível de competitividade nacional e internacional, alguém precisa fazer alguma coisa dentro e fora de campo antes que seja tarde.

O ódio precisa parar de prevalecer entre os torcedores, o clubismo deve ser deixado de lado quando se trata de algo que beneficiará todos os envolvidos e os times que não se posicionam precisam parar de ter medo. Amanhã será outro dia e o torcedor carioca merece que essa "batalha" seja vencida por quem preza pelo bem do esporte.


Ao Flamengo só me resta torcer para que os velhos problemas não se tornem novos e que as atuações ruins fiquem apenas no Campeonato Carioca.

Paulo Victor, a esperança para o futuro.
O que o futuro nos reserva? Resta esperar e torcer pelo melhor.

Mariana Sá (@imastargirl)

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